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351 Design Street

Duas amigas partilham boa arquitectura e design com uma pitada de fotografia e DIY. Tudo em três minutos ou menos. // Two friends share good architecture and design, with a dash of photography and DIY. All in 3 minutes or less

A Versatilidade do Microcimento

Fui convidada pela Nanocrete a participar num workshop sobre o microcimento Microcrete e, como no 351 Design Street temos um gosto particular por betão (a Marta fez um post sobre este material que pode ler aqui) e as suas múltiplas utilizações, aceitei o desafio.
O microcimento, que consiste numa mistura de cimento aluminário e refractário, dióxido de silícios e aditivos especiais, possibilita resultados minimalistas que se assemelham ao cimento alisado e é actualmente muito procurado para imprimir notas de contemporaneidade à arquitectura e ao design.
Aliando a estética e a funcionalidade à rápida aplicação, este material torna-se numa boa escolha para renovar espaços onde se pretende substituir o pavimento ou as paredes sem se retirar o revestimento existente.
Com possibilidade de diversas cores, utilizado tanto em interiores como em exteriores, este material pode ser aplicado sobre as mais variadas superfícies, como a madeira, o MDF, azulejo, tijoleira, ou até mesmo o vidro. Não necessita de juntas de dilatação (excepto quando aplicado sobre um material que ele próprio obrigue a juntas de dilatação) e é resistente a água e a gorduras e têm um peso próprio relativamente baixo.
A versatilidade do material permite que se criem ambientes e peças extraordinárias e são cada vez mais os exemplos da sua utilização: os pavimentos e bancadas de apoio ou de cozinha, como no Restaurante Conceito, no Estoril, ou na 1300 Taberna, no LX Factory, em Lisboa; em instalações sanitárias e até detalhes decorativos, como se pode ver nas letras em baixo-relevo no Hotel Casa do Conto (do colectivo de arquitectos Pedra Líquida) no Porto ou ainda no extraordinário projecto The Initiation, de Wei Yi DesignAssociates.
A Microcrete é uma marca de entre outras no mercado, mas esta, além de dar a oportunidade de participar num workshop onde qualquer pessoa pode aprender mais sobre este produto, pode também gabar-se de ser 100% Portuguesa!

Ana
Hotel Casa do Conto do colectivo de arquitectos Pedra Líquida
Foto FG + SG Via www.yatzer.com 
Restaurante Conceito
Via https://www.caras.sapo.pt


1300 Taberna
Via mesamarcada.blogs.sapo.pt 
Via http://tatianadoria.blogspot.pt
Via www.hotfrog.pt
Via http://forumdacasa.com
The Initiation – Wei Yi Design Associates
Via 
https://www.behance.net/gallery/WEI-YI-DESIGN-ASSOCIATES-THE-INITIATION/10434085  
The Initiation – Wei Yi Design Associates
Via 
https://www.behance.net/gallery/WEI-YI-DESIGN-ASSOCIATES-THE-INITIATION/10434085  
Mostruário de possíveis cores de microcimento
Via http://www.microcementuk.info

O encontro do contemporâneo com o tradicional no Extramuros

De visita ao castelo de Arraiolos, vejo ao longe uma construção branca com alguma dimensão que me chama a atenção. Trata-se da Villa Extramuros, projecto do atelier Voar Arquitectura, nos arredores da vila alentejana de Arraiolos.
Sigo por uma estrada de terra batida até que, por entre um olival, vejo um edifício de dois pisos com uma linguagem assumidamente contemporânea e onde os apontamentos de cortiça reforçam a volumetria das paredes brancas, rasgadas por grandes vãos.
“A arquitectura da Villa, inspirada tanto num “castro” romano como na histórica arquitectura conventual [...] presta homenagem aos materiais emblemáticos do Alentejo: a pedra de mármore, as paredes brancas e a cortiça” refere a página de Internet deste estabelecimento.
Sou simpaticamente recebida por um dos proprietários, oriundo de Paris, que me guia através das áreas comuns: um pátio que, tal como nos claustros conventuais, une os espaços que o circundam; uma sala de refeições; salas de estar; e os cinco quartos que se encontram no piso superior (que não pude visitar visto estarem ocupados).
No exterior, facilmente se absorve e somos absorvidos pela tranquilidade do olival e da piscina de transbordo com vista para o Castelo de Arraiolos.
Interessante é também a estratégia utilizada na decoração, onde se alia o design dos anos 50 até aos dias de hoje, com artesanato local.

Ana

Foto ©Adrià Goula. Via: http://www.archdaily.com/
Foto ©Adrià Goula. Via: http://www.archdaily.com/
Foto ©Adrià Goula. Via: http://www.archdaily.com/
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.wallpaper.com
Foto ©Adrià Goula. Via: http://www.archdaily.com/
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.wallpaper.com
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.archdaily.com/
Foto ©Adrià Goula. Via http://www.wallpaper.com
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.wallpaper.com
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.wallpaper.com
Foto ©Alexandre Gempeler. Via: http://www.archdaily.com

Cabanas no Rio

Com vistas espectaculares, a pouco mais de uma hora a sul de Lisboa e a 5 minutos da praia da Comporta, estas cabanas com cerca de 14m2 cada, albergam numa um quarto e casa-de-banho com duche (interior e exterior) e na outra a sala e uma pequena cozinha equipada para preparar refeições ligeiras. Há ainda um pequeno alpendre que permite apreciar a fantástica vista sobre o rio Sado.
Ninguém diria que outrora foram cabanas usadas por pescadores… O projecto de recuperação e reinterpretação das Cabanas no Rio teve lugar em 2013 com a assinatura dos arquitectos Aires Mateus recorreu inteiramente à reutilização de madeira, incluindo parte da mobília. A montagem das cabanas foi realizada em estaleiro, tendo sido depois transportadas por meio de camião até ao seu local definitivo.
A madeira está completamente exposta à intempérie, algo que para Aires Mateus significa não a degradação da estrutura mas uma alteração natural da sua identidade.
Resta apenas acrescentar que é possível pernoitar nestas cabanas e que são certamente um bom complemento a esta zona do país, marcada pelas praias de extenso areal, o vinho, a gastronomia e a observação de Golfinhos, Cegonhas e Flamingos.

Marta.












Fotos por Nelson Garrido